Filmes gravados em submarinos quase sempre são muito claustrofóbicos. E quando apresentam situações de urgência e perigo constantes essa condição fica ainda mais carregada. É o que podemos ver em “Alerta Lobo”, (Netflix) filme francês escrito e dirigido por um diplomata, Antonin Baudry.
A trama começa com uma missão de resgate de soldados na Síria, onde o sucesso da operação passa a depender da habilidade do comandante e da capacidade auditiva de um oficial de sonar chamado Chanteraide (“Amor à Segunda Vista”) que, mesmo sendo chamado pelo amigos de “ouvido de ouro” não consegue identificar sinais emitidos por antigo submarino russo que teoricamente já deveria ter sido desmontando.
A missão termina com sucesso, mas aquele som não identificado com clareza fica na mente de Chanteraide como um fantasma. O grande problema é que esse fantasma ainda vai complicar não só a vida deste oficial, mas também pode ser responsável por uma grande tragédia mundial.
Alerta Lobo destaca bem o fato de que apesar de ser uma imensa máquina de guerra, repleta de tecnologias, uma habilidade humana ainda é fundamental no controle desse imenso “pedaço de ferro”. Ao mesmo tempo, mostra que uma rígida lista de protocolos que os militares criaram e são obrigados a respeitar podem ser responsáveis por tragédias pela simples falta de “humanidade” numa tomada de decisão.
Alerta Lobo vale por ser tenso do início ao fim, por apresentar um debate a relação máquina-humano e por trabalhar com situações extremamente plausíveis, apesar do curto espaço de tempo entre dois momento muito complicados.
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