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Chernobyl: 7 motivos para assistir à nova aposta da HBO

Chernobyl HBO
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Game of Thrones terminou com um gemido nada gentil para milhões de telespectadores mundo afora, mas a HBO não perdeu tempo e lançou o que pode ser mais um marco da empresa para história das minisséries: Chernobyl.

A série começou bem, e há várias razões pelas quais todos deveriam assistir. O roteiro, a cinematografia e a atuação são de primeira qualidade, enquanto a história só se torna mais emocionante e dilacerante à medida que as coisas se desenrolam. Poucos esperariam que nesta época do ano, Chernobyl fosse a joia da coroa da HBO merecidamente.

Estou adorando Chernobyl, que é definitivamente uma das melhores coisas que vi na TV nos últimos anos, com uma história real de horror e também aproveita pra mostrar como as coisas funcionavam (ou melhor, não funcionavam) na antiga União Soviética quando aconteceu o terrível acidente no dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobyl em Pripyat, Ucrânia. Se quiser, eu escrevi uma resenha sobre os dois primeiros episódios aqui.

A minissérie se concentra no colapso apenas como uma maneira de fornecer estrutura à história, em vez disso, explora como isso aconteceu, como as consequências foram tratadas e cujas vidas foram mudadas para sempre por um dos eventos mais fatídicos da história humana. Mas vamos lá, aqui está 7 coisas que farão você assistir de uma vez por toda Chernobyl que acabou de ser a mais bem avaliada da história no IMBb, passando séries como Band of Brothers, Breaking Bad e Game of Thrones.

7. O retorno de uma série inteligente

Chernobyl HBO
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A HBO tem um histórico de fazer projetos ambiciosos que mudam completamente o ângulo de como se deve fazer séries de TV. Enquanto a maioria dos canais produz entretenimento, o público da HBO espera algo mais.

Eles esperam ser questionados, desvendar mistérios, seguir um diálogo intrincado e, o mais importante, são tratados com respeito. Game of Thrones, Last Week Tonight e Westworld fazem isso, e Chernobyl está lá com eles.

As motivações do personagem são obscuras, sua ambição é protegida. Não há caras bons ou maus aqui; existe simplesmente Chernobyl. A nuance vem nas consequências, e se o pior cenário é a morte, perda de carreira ou a posição da URSS no cenário mundial. A série exige que você acompanhe e tudo fica melhor por isso.

6. O ritmo

Minissérie Chernobyl
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Chernobyl foi anunciado como uma minissérie, o que significa que os cinco episódios programados provavelmente serão tudo o que conseguiremos. Sem dúvida o showrunner Craig Mazin ganhará uma moral enorme no mercado por causa disso. Ele fez sua carreira com filmes (The Hangovers e Identify Thief), então sabe o que está fazendo.

Com apenas cinco episódios para estabelecer e encerrar a história, cada segundo conta para Chernobyl. Até agora, cada segundo foi usado perfeitamente.

Absolutamente esta produção não foi para sorrir, mas com camadas sutis que não tenta confundir você com a física nuclear para fazê-lo parecer inteligente; Esta é uma história muito humana sobre arrogância e segredos.

Embora os personagens estejam no mesmo time, nunca parece que eles batalham pelas prioridades; como manter tudo em segredo ou salvar as pessoas.

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Nem uma única cena foi desperdiçada ou apressada. Estamos assistindo a escala completa do horror que o desastre desencadeou e sentimos o caos enlouquecedor das consequências.

Esse é o pulo do gato da minissérie – focar sobre pessoas como um todo, em vez de indivíduos.

Enquanto alguns personagens são, obviamente, os protagonistas nos eventos, em geral a série nunca perde tempo com apresentações ou desenvolvimento. Um personagem parece ser configurado no episódio um como vital, apenas para sucumbir ao envenenamento por radiação antes do episódio acabar.

5. O Horror Silencioso

Horror Silencioso
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Indo de mãos dadas com o ritmo, a maneira arrepiante que o horror da radiação percorre cada episódio é cronometrada com perfeição também. Com algumas exceções para os cientistas nucleares, poucos telespectadores de Chernobyl sabem como funciona um reator nuclear. O personagem de Jared Harris fornece uma explicação útil para que possamos entender a essência, mas, na realidade, ainda não temos uma ideia.

Sabemos que a radiação nuclear é perigosa, mas os detalhes estão um pouco além do alcance da maioria das pessoas. Isso permite que Chernobyl seja singularmente inquietante em seu horror, e deixa o público tão desesperado quanto os sobreviventes.

Normalmente, em um filme de terror, queremos que os personagens não sejam pegos pelo monstro ou que escapem do serial killer. Em Chernobyl, porém, estamos constantemente e nunca conscientes do perigo.

Quanta radiação é muita radiação? Eles já foram expostos por muito tempo? Eles podem escapar, ou isso apenas prolongaria suas mortes agonizantes?

4. E aconteceu basicamente o que estamos assistindo

Mineiros
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A sensação arrepiante dos eventos horríveis é apenas correspondida pelo fato de que a minissérie nunca, nunca se afasta dele. Não há glorificação ou festa para tentar excitar, tudo o que resta é uma sensação terrível e vazia de que as pessoas nunca tiveram chance ou tempo de se salvarem.

A violência é contada através de lentes tão estéreis que o medo é todo gerado por nós; os horrores modernos poderiam aprender uma ou duas coisas de Chernobyl.

Às vezes, a minissérie permite que você se encha de pavor enquanto o horror radioativo passa por passagens escuras, com os mortos e pessoas morrendo nas sombras. Tudo é um desastre para aquelas pessoas, principalmente os técnicos da usina e os bombeiros que viram peneiras humanas vendo seus órgãos internos se desfazendo.

Nós também vemos os efeitos em vários animais, como a cena mostrando uma ave caindo morta no chão enquanto a radiação vai se espalhando pelo ar. Nada é seguro em Chernobyl e tudo é angustiante.

É inflexível em um nível humano também. Não há tentativa de apimentar as reuniões do conselho com a rivalidade ou a história do personagem – em vez disso, o desastre é o centro das atenções. A minissérie mantém tudo incansavelmente sobre Chernobyl, e embora isso não seja uma abordagem que a maioria das séries poderia fazer, esta certamente funciona.

3. O Visual

Visual
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Apesar de se aderir a cores principalmente maçantes e monótonas, Chernobyl consegue entregar um espetáculo visual.

A usina em si está envolta em um brilho amarelo nocivo, toda a área coberta por uma nuvem etérea e mortal. Contra o céu negro da meia-noite, o prédio parece espetacular; dentro dos corredores piscam chamas vermelhas que só fazem os corpos queimados e sangrentos parecerem mais horríveis.

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Longe do desastre em si, tudo é em escala de cinza. Isso não quer dizer que é chato; são cores que serve para mostrar que aquilo é dramático, um mundo sem alegria na Ucrânia da era soviética. O vazio da vida da cidade só faz o desastre ser maior.

Essa é a única coisa importante que acontecerá a eles; e provavelmente irá matá-los.

Apesar de seu tom muito sério, Chernobyl traz elementos cinematográficos e planos incríveis, mas tudo sombrio e cruel.

Como você esperaria, os pequenos momentos também são coesos. É um programa silencioso, agonizante, mas também poético.

2. Stellan Skarsgaard

Stellan
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Assim como a maioria dos principais programas da HBO, não há um único ator principal aqui, mas sim uma coleção de estrelas combinados em um elenco de destaque. Todos brilham em vários momentos, mas se houver uma apresentação que possa convencê-lo a assistir, é Stellan Skarsgaard.

Junto com Jared Harris, ele é o maior nome da minissérie, e ambos têm uma quantidade similar de tempo e diálogos em tela, muitas vezes juntos. Pode parecer duro para Harris, então, que Skarsgaard é quem está recebendo reconhecimento especial aqui, mas onde Harris é bem-sucedido, Skarsgaard se destaca.

Em Chernobyl, ele é feroz, ameaçador; cada centímetro do alto escalão soviético.Com o ritmo já tenso e a atmosfera medonha, Skarsgaard mantém o público constantemente no limite. Para o cenário e a história, ele marca uma nota perfeita de seleção de elenco.

Ele talvez não seja um nome que traga os espectadores, mas com uma performance como essa, ele provavelmente fará isso daqui para frente em todos os trabalhos dramáticos daqui para frente.

1. A Conspiração

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Nós sabemos que a tragédia em Chernobyl realmente aconteceu. Mesmo que a minissérie não se desenrole exatamente como descrito, saber que esse horror foi realmente experimentado por cientistas e civis torna isso muito mais emocionante.

No entanto, o programa até agora andou muito bem na corda bamba. Parte de Chernobyl é que as vítimas eram como nós; a outra parte é que eles não são nem um pouco como nós. Tendo como pano de fundo a Guerra Fria, os personagens vivem basicamente em outro mundo, tudo parece saído de outra realidade, mas era assim que funciona a política soviética. Ainda é chocante para mim, perceber que esses países viveram nessa estagnação social por décadas.

O personagem de Skarsgaard anda por aí como se ele estivesse constantemente prestes a atirar em alguém, mas isso não significa que ele seja um herói que aprendemos assistindo a cultura pop americana. Aqui tudo é frio, medido, deliberado.

Chernobyl mergulha na natureza secreta da política soviética durante o auge da Guerra Fria. Não há nada tão clichê quanto ruim ou bom acontecendo aqui. Tudo existe em um estado de cinza coberto de neve. Um pesadelo real que você precisa conhecer.

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Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.