Demon Slayer é um mangá bonzinho, com desenhos bem irregulares e só. Um shonen (gênero de mangá para jovens) bacana pra passar o tempo. O anime é um espetáculo visual, diga-se, e isso não é questionável. Porém, o mangá é bom e só, nada além, com alguns pontos positivos imensos e erros grosseiros.
Um dos erros que farão o leitor revirar os olhos é o final da saga, que foi lançada em 23 volumes no Brasil pela editora Panini em tempo recorde, que extrapolou tudo o que há de bom senso envolvendo positividade. O final dos personagens, em um futuro possível, é a coisa mais brega que as coisas bregas podem inventar. Admito que pulei as 10 páginas finais e só vi as figurinhas (caralho, admitir isso é muito ruim!!!!!).
Dito isso, pra não focar nos erros de Demon Slayer, vamos falar o que há de bom nessa saga de 23 volumes que se encerra no Brasil:
1) O mangá encerra no momento certo. Não tem essa de matar o chefão final e já surgir um mais poderoso mais à frente, como Dragon Ball ou Naruto vivem fazendo. O inimigo aqui é Muzan e a saga se encerra nele. E isso é muito bom. 23 volumes já são de bom tamanho pra uma saga tão simples. Mais do que isso seria enrolação.
2) Os personagens tem passados muito bons (apesar de rapidamente desenvolvidos. Normalmente, quando estão morrendo) e realmente sofrem as consequências das lutas contra os Onis, demônios ligados a Muzan. Desde o início, o mangá não perdoa ninguém. Muito personagem bom poderia ser salvo e não é. A morte ronda toda a saga.
3) Apesar da luta final com Muzan ser uma bagunça (quero ver se vai ficar bem feita no anime), a série nunca deu protagonismo exclusivo ao personagem principal. Tangiro tem muita participação sim. Mas os Hashiras estão lá, firmes pra dar a vida e vencer os Oni. É por isso que tem tanto personagem bom nesse mangá.
Resumindo, apesar do final cretino (eu considero só até a morte do Muzan o final que vale, o resto é bizarramente ruim, mas no tom que o mangá veio desenvolvendo), com uma positividade tóxica, Demon Slayer tem e teve todos os elementos pra ser o sucesso que é. E foi bom enquanto durou. Mas é apenas mais um mangá dispensável de lutinha.
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