E o ano começou com o barulho da TARDIS chegando: a 12ª temporada de Doctor Who estreou EXATAMENTE no dia primeiro deste ano que inicia! E veio precedido de boas novas: Panini publicando arcos dos quadrinhos e a GloboPlay adquirindo os direitos de exibição! Será 2020 o ano da série?
A série estreia oficialmente na GloboPlay no dia 31/01. Mas claro, os fãs não podem esperar e os spoilers andam violentos! A nova temporada anda causando comoção nos fãs. Após uma 11ª temporada tranquila e sem grandes arcos, Doctor Who retorna explosiva!
Formato
O tamanho dos episódios não mudou, e nem a da temporada. No entanto, Doctor Who experimenta um pouco mudando o foco: de episódios normais com viagens no tempo e no espaço, à um procedural que alterna o usual com um plot maior, iniciado com a conclusão de Spyfall e, também, com o da Timeless Child citada na temporada anterior.
Surpresas
Se você está conseguindo acompanhar a série assim que ela sai, com certeza está quase infartando: Chris Chibnall está mantendo um grande controle sobre informações a respeito dela, o que aumenta o impacto dos acontecimentos. Em sua 10ª temporada, já tínhamos visto o anúncio do retorno do ator John Simms no papel de Mestre. Mas aqui? Só descobrimos a volta deste grande vilão no final do primeiro episódio!
Além desta, tivemos mais uma bomba no quinto episódio, que estreou no dia 26/01: o retorno do querido Capitão Jack Harkness!
Interpretado pelo carismático John Barrowman(o Malcolm Merlyn de Arrow), o retorno do personagem foi uma surpresa muito bem recebida pelos fãs! E foi um segredo tão bem guardado, que o próprio ator teve que iniciar uma reforma em sua casa em Cardiff, para despistar a todos sobre seu retorno à Doctor Who!
E a outra surpresa é a personagem Ruth. Interpretada por Jo Martin, a personagem representou o maior plot twist da temporada até o momento! Embora a internet toda já saiba o que aconteceu aqui, não vamos estragar o momento para vocês: assistam, confiram as surpresas e o trabalho sensacional desta atriz!
O Retorno Dos Clássicos
Após uma 11ª temporada morna, Chibnall resolveu agradar aos fãs trazendo de volta os bons e velhos Daleks, no especial de ano novo de 2019. O especial trouxe a Doutora(Jodie Whittaker) cara a cara com um de seus inimigos mais mortais, em um episódio que lembrou muito o episódio Dalek, ainda da primeira temporada. Algo para relembrar o quanto os Daleks são terríveis.
E os retornos continuaram: nesta temporada tivemos o retorno do Mestre(conforme mencionamos anteriormente. E voltou com pompa: malévolo, carismático e mais psicótico e inconsequente do que nunca! Interpretado por Sacha Dawan(Drácula), o ator fez jus ao caráter travesso e diabólico do personagem. E o que é melhor: trouxe de volta o bom e velho raio encolhedor e sua TARDIS completamente funcional, direto da década de 1970!
E não para por aqui: os Judoon, que vimos pela primeira vez na terceira temporada da série, também estão de volta.
Avaliação
Doctor Who voltou bem. Ter iniciado com um arco dividido em duas partes e com um plot maior, foi uma decisão acertada. Chris Chibnall parece mais à vontade no comando da série e os atores parecem bem mais entrosados. A química entre Graham(Bradley Walsh) e Ryan(Tosin Cole) parece bem melhor e Yaz(Mandipp Gill) parece estar mais encaixada na equipe.
Quanto aos episódios: Spyfall começou bem como uma divertida aventura ao estilo 007. A participação de Stephen Fry foi breve, porém bem vinda. E o Mestre, como sempre, brilhou! Embora tenha tido seus momentos de overacting, o resultado final foi muito positivo.
A Parte 2 deste episódio ainda teve seus momentos de viagem no tempo, onde a Doutora encontra mais figuras históricas e vive mais momentos eletrizantes, enquanto foge dos inimigos. Os fãs vão gostar do passeio e da conclusão do arco, que foi muito bem amarrada e deu início a um plot maior.
Nem tudo são flores, contudo. Embora a trama da maioria dos episódios seja boa, em alguns a Doutora parece resolver alguns problemas de forma muito fácil. O episódio Orphan 55 começou muito bem, porém criaturas mal feitas, desenvolvimento de trama falho e um discurso moral final chinfrim prejudicaram o episódio.
Apesar da vilã constrangedora e exagerada, Nikola Tesla’s Night of Terror foi bem divertido. A interação Edison(Robert Glenister) vs Tesla(Goran Visnjic) foi legal e fugiu do óbvio capitalista do mal e gênio do bem. A interação entre Tesla e a Doutora foi breve mas serviu para ressaltar alguns pontos em comum entre ambos(e não falo da genialidade).
Mas Fugitive Of The Judoon foi o ponto mais alto, até agora. Tenso, emocionante e sem soluções fáceis, o episódio introduziu um mistério para a todos intrigar, trouxe a volta de Jack Harkness, revelou Jo Martin(que já apareceu em Fleabag) como uma personagem chave na trama principal e deixou a Doutora ainda mais confusa sobre si mesma e o que sabe.
Considerações Finais
Chris Chibnall está aprendendo com seus antecessores e mostra uma temporada mais forte que a passada. Embora ainda não saiba emocionar como Steve Moffat, caindo muito no clichê, ainda há esperanças de que tenhamos uma temporada digna do legado de Doctor Who!
E no episódio seis: teremos a estréia da primeira atriz brasileira na série: Gabriela Toloi estará no episódio do dia 02/02, Praxeus. Não percam!
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