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Resenha | Pain of Salvation – Panther (2020)

Panther se destaca por sua abordagem ousada, incorporando elementos eletrônicos de forma mais proeminente, desafiando as expectativas dos fãs ao experimentar com diferentes estilos e sons, tornando-se uma experiência musical intrigante e cativante.

Panther é o 11º álbum de estúdio da banda sueca de metal progressivo Pain of Salvation formada em 1984 por Daniel Gildenlöw.

Desde o início, a banda mostrou ser uma força inovadora no cenário do metal progressivo, combinando elementos de rock progressivo, metal e experimentalismo. Com uma discografia diversificada e conceitual, eles ganharam reconhecimento pela abordagem lírica reflexiva e músicas complexas e emocionais.

Entre os álbuns mais conhecidos da banda estão Remedy Lane (2002), um marco do metal progressivo, que explora temas pessoais e emotivos, e In the Passing Light of Day (2017), um retorno triunfante após um período de pausa devido a questões de saúde de Gildenlöw.

Este último álbum foi aclamado pela crítica e pelos fãs por sua intensidade emocional e letras profundas, estabelecendo-se como um dos melhores trabalhos do Pain of Salvation até então.

Ok, mas e o Panther?

Panther marcou o retorno do guitarrista Johan Hallgren, que contribuiu muito para os primeiros álbuns da banda. A adição de Hallgren trouxe uma nova dimensão ao som da banda, trazendo sua experiência e estilo à música do Pain of Salvation.

Banda Pain of Salvation
Em comparação com In the Passing Light of Day, o álbum Panther apresenta uma abordagem mais experimental e inovadora.

Enquanto o álbum anterior mostrou uma retomada ao som mais pesado e agressivo da banda, Panther se destaca por sua abordagem ousada, incorporando elementos eletrônicos de forma mais proeminente, explorando novas texturas sonoras desafiando as expectativas dos fãs ao experimentar com diferentes estilos e sons, tornando-se uma experiência musical intrigante e cativante.

Sim, Panther é um álbum conceitual que explora a divisão da sociedade em grupos binários, representados por normal e outsiders (cães e panteras, respectivamente). As letras abordam temas de diferenças sociais, comportamento humano e a busca por identidade.

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A perspectiva lírica apresenta questionamentos sobre a normalidade e a individualidade, desafiando a ideia de que existe apenas uma maneira correta de viver.

No aspecto instrumental, o álbum traz uma abordagem mais eletrônica, com a presença proeminente de elementos eletrônicos, sons ambientais e texturas sonoras ricas. Embora o peso característico do metal progressivo ainda esteja presente em algumas faixas, como em Unfuture e Species, o álbum como um todo possui uma atmosfera mais sombria e ambiental.

Algumas faixas foram mais aceitas e comentadas entre os fãs e a crítica. Podemos citar algumas que deixaram uma forte impressão:

Accelerator

A faixa de abertura do álbum chama a atenção desde o início, com seus ritmos irregulares e mudanças entre momentos pesados e delicados. A adição de elementos eletrônicos e a emotiva performance vocal de Daniel Gildenlöw tornam a música cativante e envolvente.

Wait

Uma das belas baladas do álbum, Wait apresenta um tema de piano encantador, camadas de instrumentação eletrônica e uma performance vocal emotiva. A música cria uma atmosfera melancólica e reflexiva, destacando a habilidade lírica e musical da banda.

Keen to a Fault

Essa faixa se destaca por sua energia contagiante e melodia envolvente. Com ritmos complexos e mudanças dinâmicas, a música evoca fortes emoções e demonstra a versatilidade da banda em criar composições memoráveis.

Panther

Apesar de ter polarizado alguns fãs, que chegaram a compara-la com o estilo do Linkin Park, a faixa Panther é uma das mais intrigantes e ousadas do álbum. Com suas passagens com uma pegada de rap e elementos eletrônicos, a música oferece uma perspectiva única dentro do conceito do álbum e mostra a disposição do Pain of Salvation em explorar novos territórios sonoros.

Icon

A faixa final do álbum, Icon, é uma jornada épica que encapsula o espírito do Pain of Salvation. Com mais de treze minutos de duração, a música incorpora elementos progressivos e pesados, oferecendo uma experiência musical emocional e cativante. As letras reflexivas e a entrega vocal de Gildenlöw adicionam profundidade e significado à música.

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Banda Pain of Salvation

Panther é um álbum ousado e inovador do Pain of Salvation, que se destaca por sua abordagem conceitual e sonoridade experimental. Embora possa surpreender alguns fãs acostumados com o som mais tradicional da banda, Panther se revela uma experiência musical intrigante e envolvente.

As letras profundas e reflexivas exploram temas relevantes sobre a sociedade e a busca por identidade, adicionando camadas de significado às faixas. O uso criativo de elementos eletrônicos e a presença marcante do guitarrista Johan Hallgren contribuem para a singularidade do álbum.

Embora Panther possa não alcançar o mesmo impacto emocional de seu predecessor In the Passing Light of Day, ele se destaca como um lançamento corajoso e bem executado. É um álbum que vale a pena ser ouvido por fãs de metal progressivo que apreciam a busca por novas abordagens musicais e líricas. Em suma, Panther é mais uma prova da habilidade do Pain of Salvation em se reinventar e continuar surpreendendo seu público.

Com formação em análise e desenvolvimento de sistemas, assume o desenvolvimento desse site e mais alguns outros. Pai de Valentina, Edgar e Raul, escreve algo aqui sobre games, música ou tecnologia sempre que os pequenos deixam.