A primeira temporada de Star Wars: O Mandaloriano chegou ao seu fim. Com apenas 08 episódios, foi um dos trabalhos mais legais do universo Star Wars já feito para TV. A temporada começou muito forte e depois perdeu um pouco o impacto, parecendo um programa de televisão dos anos 90 com o episódio da semana. Porém, mesmo durante os episódios sem objetivo, eu gostei do como cada episódio trouxe um pouco de sabor aos fãs e não fãs da franquia mais importante da história.
Com certeza, faltou mais profundidade com alguns personagens em O Mandaloriano, mas os dois últimos episódios foram tão bons e completos que a gente acaba esquecendo desses percalços técnicos.
A direção de Taika Waititi no episódio final de O Mandaloriano é realmente espetacular. O cara não teve medo de ousar e usar diálogos dúbios. Foi cinematográfico e empolgante de assistir. E isso nem foi uma surpresa, considerando sua carreira no cinema até agora.
Foi ideia do Taika transformar o IG-11. O que era para ser apenas um androide assassino, acabou virando um androide assassino e babá com piadas inteligentes que se sacrificou para que Baby Yoda, também conhecido como, A Criança, pudesse viver. Sem a direção e o desempenho de Waititi, a temporada poderia ter sido melhor? Acredito que não. Ele fez uma diferença fundamental. A morte do IG-11 não foi exatamente como o Exterminador 2, mas foi satisfatória e deu algum peso ao episódio final de O Mandaloriano e provou que personagens divertidos podem morrer.
Moff Gideon é realmente fascinante, mesmo sendo usado um pouco cru na primeira temporada de O Mandaloriano. O governador regional nos deu muita história de fundo. Foi revelado até o nome do Mandaloriano, ele se chama Dyn Jarren, e tem relação com Moff Gideon. Já que Moff era um oficial da inteligência do Império, basicamente um espião que sabe o nome de todo o elenco da série.
Giancarlo Esposito é um ator fantástico com um carisma assustador quando necessário. Ele poderia ter sido usado muito mais nesta temporada, além dos elementos circunstanciais da trama que o construíram. A revelação que tem uma Darksaber foi fantástica.
Além disso, seus seguidores do Império foram legais de assistir. Mas penso que a primeira temporada de O Mandaloriano deixou muito a desejar nessa frente e preencheu o tempo crucial que poderia ter sido usado para aprofundar o personagem com episódios que não contribuíram muito para o arco geral da temporada, e quando você faz apenas oito episódios e apenas seis realmente importam, fica pouca coisa para ser construída e personagens como Gideon poderiam ter sido usado em todos os episódios sem problema.
Estou decepcionado que o boato de que Ewan McGregor estivesse no episódio para puxar Dyn Jarren para fora do bunker não tenha dado certo, mas foi muito bom ver que ele foi salvo pelos Mandalorianos da Vigília da Morte. Esses mandalorianos não são exatamente como aqueles que assistimos em The Clone Wars (Mandalore). Estes são mais um tipo de guerreiros ou mercenários que levam ao pé da letra seus credos religiosos, e Dyn foi criado no Corpo de Combate dessa galera, ou seja, ele leva a sério mesmo suas crenças e o uso do seu capacete. É importante dar esta visão que os Mandalorianos são heroicos e não apenas assassinos de aluguel. Também se confirma uma coisa que já estava rolando na internet, o Darksaber estava na posse de Bo Katan (The Clone Wars, Rebels), é o mesmo que Moff Gideon está usando, com certeza ela a matou para conseguir essa arma maligna.
Aqueles Stormtrooper que mataram Kuiil com certeza são desgraçados. Esses dois são nadas menos que Adam Pally e Jason Sudekis, escritores, atores e comediantes que já passaram por SNL e séries de comédia, ou seja, estavam ali para serem ruins e soltar piadas e referências à cultura pop que Taika gosta de mostrar em seus filmes.
No fundo, a história foi sobre como um Mandaloriano que depois da queda do Império, encontra uma criança que poderia restaurar Mandalore. O mais engraçado que a criança não pode ser um Mandaloriano, mas uma esperança para a galáxia. Eles comentam sobre os Jedis e foi como eu pensei, os Jedi para a maioria dos seres vivos da galáxia, não passam de lenda. E como isso é importante para o contexto do que virá daqui para frente.
Gostei da temporada. O Darksaber está de volta. Yoda bebê vive. Ainda não sabemos por que eles querem a Baby Yoda. É para curar Palpatine em Exegol? Há muita coisa acontecendo com o universo pós-retorno dos Jedi, e mal posso esperar para vê-lo se desenvolver com esta série. Espero que a segunda temporada use os episódios à sua disposição de maneira mais eficaz que a primeira, mas eu amei praticamente todos os momentos. Até agora, Star Wars na Disney + tem profundidade e parece que não serve apenas para uma existência superficial. Espero que a série cresça, melhore e expanda ainda mais a base de programas como Star Wars: The Clone Wars já iniciados, continuando a trazer histórias cinematográficas para a tela dos nossos smartphones.
E para finalizar. Disney perdeu a oportunidade de ganhar ainda mais dinheiro se tivesse planejado o lançamento de sua plataforma em outros países, basicamente o Baby Yoda ficou famoso graças ao torrent.
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