Mister No é um personagem que me chamou atenção logo no primeiro contato, quando comprei o volume 01 de Mister No Especial lançado pela @85editora. Histórias que se passam no Brasil da década de 1950, este é o grande fator que me chamou atenção.
Não tinha como eu não ficar de olho em histórias que se passam em meu país e em uma região (Norte) que pouco conheço, pessoalmente e na literatura. Quando soube que seu autor (Guido Nolita, pseudônimo de Sérgio Bonelli) era um apaixonado pelo Brasil, meu interesse só cresceu, querendo conhecer mais de Mister No.
E ao perceber que o personagem é atualmente publicado por 3 editoras diferentes no Brasil (Editora 85, @reddragonpublisher e @editorapanini), o leitor brasileiro que não conhece Jerry Drake já deveria tratar de conhecê-lo também.
Seja nas selvas amazônicas ou em um reboot que conta sua origem reformulada, Drake tem espaço nos vários textos para o site da Quinta Capa.
Então, tive uma grata surpresa ao ler a mais nova edição do título que reúne os especiais de Jerry Drake. Pois, quando a edição 5 de Mister No Especial da Editora 85 foi lançada recentemente em uma campanha bem sucedida no @catarse, o título foi voando para o topo das minhas leituras favoritas com o personagem (junto com a ótima edição 3 – O Rei do Sertão).
Um dos fatores que mais me chamaram atenção, e me agradaram muito, foi o fato da história Dark Lady se passar por cidades brasileiras como São Luís, Belém e Manaus (lar de Mister No). Esse fator geográfico e histórico causa um sentimento de familiaridade ao leitor brasileiro. Na verdade, eu gostaria que a história mostrasse mais dessas cidades e seus momentos históricos. Porém, trama que fica parada demais não agrada ninguém. E a edição é bem dosada quando tratamos de caracterização dos personagens e ação.
Na história, temos um grande relato de Mister No que conta como conheceu Esse-Esse, soldado alemão que é um grande parceiro/desafeto do personagem. Somos levados aos primeiros momentos de Jerry Drake no Brasil quando este vivia como mecânico no aeroporto civil de São Luís. Porém, ao se engraçar com uma femme fatale que só histórias da primeira metade do século XX poderiam parir, o personagem se verá em um grande negócio que envolve milhões de dólares e moedas falsificadas.
A trama tem algumas viradas de roteiro bem forçadas em alguns momentos e os desenhos de Roberto Diso possam parecer bem datados, mas nada que desagrade ou chegue a atrapalhar a leitura.
Os lançamentos de Mister No estão a cada dia chamando mais atenção, minha e, espero, de novos leitores brasileiros, que tem um baita personagem e locais pelo Brasil e América Latina para se aventurar.
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