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Superman – O último filho da Terra é um clássico ignorado do herói

O fato de Superman –  o último filho da Terra ser uma história esquecida do maior herói da DC Comics é uma injustiça. Quando li as duas edições que compreendem a história em 2003 (no período entre a Abril ter deixado de publicar DC e a Panini ter assumido as publicações até hoje, tendo sido lançado pela @mythoseditora) fui bastante impactado. E essa saga deve ser apresentada aos leitores novos.

Superman - o último filho da terra
Clark Kent, ou Kal-El, é um herói, independente de qual planeta ele tenha vindo ou com quais poderes ele possa ter.

Após 10 anos sem ler essa saga em duas partes, Superman – o último filho da Terra parece que foi escrita para os tempos de hoje! É uma obra à frente de seu tempo. Se duvida de minhas palavras,  as 20 primeiras páginas são basicamente Não Olhe Para Cima, da Netflix.

Em 1968, o astrofísico Jonathan Kent descobre que um cometa está vindo para a Terra e destruirá a vida no planeta. Após ser ignorado e ridicularizado pelas autoridades (chore, Leonardo DiCaprio), ele decide construir um foguete que salvará seu filho, Clark Kent.

Porém, o foguete entra em uma dobra espacial e vai para o planeta Kripton, lar de uma raça estéril, sem emoções e sem perspectiva de futuro. Cabe ao cientista Jor-El salvar e criar a criança, que será a salvação de dois mundos.

Superman - o último filho da Terra
Influenciada diretamente pela Kripton de John Byrne, em O Homem de Aço, o destino de destruição da sociedade kriptoniada é mais crível, pois é uma raça com avanços tecnológicos inigualáveis, mas sem perspectiva de futuro.

Tratando sobre xenofobia, estagnação cultural, redenção e descobrimento, Superman – o último filho da Terra é antes de tudo uma grande ficção científica. Por isso, não espere muitas cenas de ação, apesar de existirem e serem muito bem desenhadas por Doug Whertley, um ótimo desenhista que, admito, não conheço outros trabalhos.

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A forma como o Superman/Lanterna Verde salva Kripton é linda. Mostrando que ele sempre será um herói, independente em que planeta esteja (chore, Zack Snyder).

Superman - o último filho da Terra
E as críticas à sociedades de Kripton e as da terra não param, afinal, esse é um trabalho de Steve Gerber, o criador do ácido Howard, o Pato. Quando a história vai para a terra, e vemos de Lex Luthor organizando uma população fascista/nazista no mundo arrasado, só nos mostram que os problemas com autoritarismo vem sendo mostrados já a 20 anos e ninguém tem feito nada.

Superman - o último filho em Terra
No mundo destruído pelo meteoro, há várias citações às cidades da DC, como Gotham, Themyscira e Atlântida.

É um crime essa história não ter sido mais publicada em um encadernado para as novas gerações e não constar sempre na lista de melhores histórias do Azulão. Pra falar a verdade, até eu me surpreendi que essa história teve uma continuação que nunca ouvi falar, chamada SUPERMAN – LAST STAND ON KRYPTON.

É uma pérola a ser descoberta e debatida pelos leitores de hoje, pois o texto é muito moderno e atual.

Superman - o último filho da Terra

Thiago de Carvalho Ribeiro. Apaixonado e colecionador de quadrinhos desde 1998. Do mangá, passando pelos comics, indo para o fumetti, se for histórias em quadrinhos boas, tem que serem lidas e debatidas.