É o momento perfeito para ler o Omnibus de Cassidy, lançado pela Editora 85, pois o leitor pode dar uma conferida no quadrinho e na nova cinebiografia do rei do Rock, Elvis, que faz a trilha sonora dessa ótima trama dos anos 1970 da Bonelli.
Acompanhar a história de um assaltante que recebe uma nova chance, por 18 meses, de vida é o puro suco dos anos 1970, época de declínio e ressaca dos Estados Unidos da América, mas de efervescência do rock, com Led Zeppelin, Fleetwood Mac e Elvis.
O roteiro de Pasquale Ruju mistura bem a ação, crimes, cassinos e vingança. Tudo isso enquanto o próprio personagem vai tateando os cacos que sua vida pessoal é, tentando consertar sua família enquanto busca vingança contra ex-parceiros do crime.
Mantendo a tradição Bonelli, Cassidy é o macho alfa calado e perigoso, mas justo, e conta com um elenco de apoio muito bom, como a dupla Ace Gibson e Juan Cuervo, e eu só conseguia pensar em Joe Pesci e Danny Trejo para interpretar essa dupla. E, sim, Cassidy tem aquele ar de Charles Bronson pelo qual a década de 1970 ficou famosa, mas com uma aparência de Robert Redford.
São seis edições presentes neste volume 1, que conta com a arte de Fabio Valdambrini, Gigi Cavenago, Luigi Siniscalchi, Elisabetta Barletta e Davide Furnò. As capas dos volumes Omnibus são desenhadas por Gigi Cavenago.
A publicação da @85editora mantém a alta qualidade que os títulos Bonelli tem recebido no Brasil, neste projeto que começou lá em Dampyr 4. São 600 páginas, com um preço justo (R$ 76,00) para uma encadernação leve e de leitura agradável. Sim, é um calhamaço este quadrinho. Mas o formato que a 85 adotou não cansa o leitor.
Nada de capa dura e muito luxo, tendo apenas o que todo leitor quer: excelentes roteiro e arte. E ainda temos editoriais sobre os anos 1970 e uma história extra em prosa de Ruju.
E, sobre meu comentário acerca de Elvis, no parágrafo que abre esse texto, o motivo é simples: várias vezes nos pegamos acompanhando Cassidy em uma viagem, com músicas dos anos 1970 de plano de fundo. E, no dia da quase morte do personagem, é o falecimento do Rei do Rock. Bem emblemático para quem vai acompanhar a história.
Completo em 3 volumes, como prometido pela Editora 85, Cassidy vem para se somar a um catálogo Bonelli respeitável. Mostrando que trazer séries do velho continente ao Brasil exige compromisso, regularidade, esmero e saber manter uma aposta, já que o objetivo é lançar uma campanha no catarse com os volumes 2 e 3, finalizando a passagem principal dos quadrinhos do fora da lei dos anos 1970.
Os leitores Bonelli não tem do que reclamar com o primeiro Omnibus de Cassidy da 85.
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