Não deixe de conferir nosso Podcast!

Resenha: Creepshow (Stephen King & Bernie Wrightson)

É inegável o peso de nomes como Stephen King e George Romero quando os mesmos estavam envolvidos em obras de terror. Seja em tramas envolvendo o sobrenatural, como King, seja em filmes com zumbis, pelos quais ficou famoso o cineasta George A. Romero.
Quando autores tão famosos no ramo do terror se unem para produzir uma obra, o mínimo que o fã do gênero deveria fazer é ficar atento ao que será produzido. Foi dessa forma que o filme CREEPSHOW, de 1982, com roteiro de King e direção de Romero, se tornou um sucesso cult.
Resultado de imagem para creepshow bernie wrightson
A trama contava com cinco histórias de terror que não se cruzavam e possuíam começo, meio e fim. O filme iniciava com um garoto encontrando uma história em quadrinhos de terror e, ao lê-la, dava inicio aos contos.
Resultado de imagem para creepshow filme
Porém, as histórias mostradas no filme não se limitaram a ficar na tela grande, pois, no mesmo ano de 1982, foi lançada a adaptação fiel do filme em quadrinhos. E outro gigante do gênero de terror adaptou o texto dessa que é a primeira HQ escrita por King, Bernie Wrightson, o criador do Monstro do Pântano.
É esse o quadrinho lançado pela editora brasileira Darkside em outubro de 2017, contando com capa dura, 64 páginas, tamanho 28,2 x 21,6 x 1,2 cm e preço de capa R$ 49,90.
A HQ é um retrato fiel dos 05 contos originais do filme, que no Brasil foi chamado de Creepshow – Arrepio do Medo, mas com uma diferença, são narradas por um ser chamado Creep, claramente inspirado no Guardião da Cripta, do programa Contos da Cripta.
Resultado de imagem para guardião da cripta
Na verdade, todas as histórias produzidas tem uma profunda inspiração nos quadrinhos de terror da década de 1950-1960 produzidos pela EC Comics em revistas como Tales from the Crypt e The Vault of Horror. A homenagem é tão clara que o capista da edição é Jack Kamen, autor que trabalhou na EC Comics. A intenção de Stephen King ao produzir essas histórias era homenagear os quadrinhos de terror da EC Comics que ele lia quando criança.
As histórias são as seguintes: Dia dos Pais, A morte solitária de Jordy Verril, A caixa, Indo com a maré e Vingança barata.
A edição da Darkside manteve os títulos em original para preservar os desenhos de Bernie Wrightson o que é um ponto positivo da publicação brasileira.
Resultado de imagem para creepshow bernie wrightson
Porém, a publicação brasileira é pobre de extras e contextualização do que foi Creepshow. O trabalho editorial da Darkside tratou apenas de republicar o quadrinho em si, não contando com uma ficha técnica sobre a história dos autores (essencial para um obra como essa, com os nomes de peso que tem), não há informações sobre sobre o quadrinho ter sido baseado em um filme de 1982, ou que até mesmo dois contos presentes em Creepshow já foram publicados por King anteriormente. O trabalho da Darkside é o quadrinho limpo e seco, o que prejudica o leitor que não conhece essa obra e quer saber mais informações sobre a publicação. E pior, consta o nome de George Romero na capa, pois o mesmo dirigiu o filme de 1982, mas não há citação dele dentro da obra, causando confusão ao leitor desavisado.
Resultado de imagem para creepshow bernie wrightson
Contando com uma apresentação bonita, mas sem de extras que contextualizem a obra, Creepshow publicado pela Darkside entretém com 05 contos de terror saudosistas produzidos por lendas do gênero, mas passa longe de outros trabalhos publicados pela editora, como MEU AMIGO DAHMER ou BLACK HOLE, no quesito extras. Pois, o leitor que adquire a obra pode se sentir confuso com o que está sendo contado sem a devida apresentação. Parece até um dos grandes mistérios da Cripta que não foram narrados.
Resultado de imagem para creepshow bernie wrightson
Link para compra:
https://amzn.to/2G0cXHY
https://amzn.to/2I2ATXL
https://amzn.to/2HZtV5L
https://amzn.to/2INNiQx

LEIA TAMBÉM:  Guerras Secretas | Conheça o evento que mudou a história da editora Marvel
Thiago de Carvalho Ribeiro. Apaixonado e colecionador de quadrinhos desde 1998. Do mangá, passando pelos comics, indo para o fumetti, se for histórias em quadrinhos boas, tem que serem lidas e debatidas.