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Crítica | Avatar: O Caminho da Água. Uma obra-prima cinematográfica.

Resenha crítica sem spoiler de Avatar: O Caminho da Água. James Cameron é um mago e revoluciona novamente a história do cinema 13 anos depois.

Avatar: O Caminho da Água
20th Century Studios; Lightstorm Entertainment (Walt Disney Studios)

Resenha crítica sem spoiler de Avatar: O Caminho da Água. James Cameron é um mago e revoluciona novamente a história do cinema 13 anos depois.

A história do cinema durante sua existência teve alguns pontos de ruptura, momentos que mudaram o universo da cultura pop para sempre – aqui, eu considero essa afirmação, toda mudança ou transformação social (modo de vida, linguagem e indústria). O Avatar de 2009 de James Cameron foi o principal ponto de ruptura da cultura pop dos últimos 20 anos; já que o cinema depois dessa super produção, mudou numa velocidade incrível a forma como interagimos com os filmes no cinema e TV. Não só Avatar bateu recordes mundiais de bilheteria, como também provou que a imaginação humana não tem limites e que, com a ajuda da tecnologia, se pode dar vida a todos os sonhos vividos e vistos numa tela grande de cinema. Avatar foi aquele filme que deixou uma marca em todos os que o assistiram, positivos ou negativos. Mas todos são unânimes, Avatar de 2009 causou um impacto visual sem precedentes e grandes cenas de ação com a tribo Na’vi (os nativos do planeta Pandora).

O nosso editor Marcelo também havia escrito uma resenha sobre Avatar: O Caminho da Água, confira!

Em 2022, Cameron retorna com seu mais ambicioso projeto criado até aqui,  Avatar: O Caminho da Água. Tal como o seu título, desta vez, a história se passa 14 anos depois dos acontecimentos do primeiro filme e mostra a luta da família de Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldana) contra os invasores humanos no planeta que agora chama de lar, Pandora. Eles agora têm de cuidar não só deles próprios mas da sua família que agora é grande, que inclui os seus filhos Neteyam (Jamie Flatters), Lo’ak (Britain Dalton), Tuk (Trinity Jo-Li Bliss), e Kiri (Sigourney Weaver). Há também uma criança humana, Spider (Jack Champion), que os Sully’s consideram também da família. As coisas estavam indo bem, até que ‘o povo do céu’ retorna à Pandora e os Sully’s têm de deixar a exuberante paisagem das florestas onde moram e procurar refúgio nos recifes azuis aquamarinhos que pertencem a outra tribo – os Metkayina, nativos de Pandora distintos do Na´vi das florestas, eles têm membros e caldas diferentes para viverem dentro e próxima da água. Agora a família Sully tem não só de se adaptar a essa nova realidade, mas também criar uma nova perspectiva de vida e descobrir “o caminho da água”. Basicamente eles se tornam migrantes.

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O primeiro Avatar de 2009 tocou em diversos temas que tratavam da conservação do meio ambiente (florestas) e de como a ganância humana destrói um planeta inteiro. “O Caminho da Água”  lida com os nossos oceanos e a vida marinha. Ambos os filmes têm uma relação profundamente enraizada um com o outro. Cameron, sendo ele próprio um ativista, criou cenas e personagens que declaram literalmente a importância da preservação e problemas ambientais que o nosso futuro vai enfrentar se não mudarmos nosso comportamento e ações. Mesmo que seja novo no universo Avatar, o uso que Cameron faz do 3D e o esplendor visual de cada personagem que cria – a flora e fauna da floresta, os peixes, os leitos de coral e as suas tonalidades vibrantes, todos estes elementos são hipnotizantes, o cara é um mago da tecnologia.

Por ser um filme muito longo, 3 horas e 12 minutos, a gente sente claramente as mudanças de cenários e plots, Avatar tropeça um pouco na sua primeira metade. Cameron introduz tantos  personagens novos e velhos que me deixou confuso um pouco. Algumas cenas e sequências são longas, claro, o diretor quer que você veja e sinta tudo, mas o começo tem um ritmo lento, pelo menos senti isso. Porém, na segunda metade a coisa acelera e nos arrebata mostrando o coração de Pandora: o oceano.

Jacky Sully é agora um pai que já não pode tomar quaisquer decisões imprudentes ou envolver-se em lutas. Ele coloca a sua família em primeiro lugar e é aí que entra a ligação emocional. Por baixo das camadas de efeitos visuais e 3D está a história desta família que é mais um organismo vivo de tão unida que é. Talvez o  maior dom de Cameron tenha sido sempre a sua capacidade de criar personagens profundos e você torce do fundo do coração pelos Sully´s.

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Avatar: O Caminho da Água é lançado exatamente 13 anos após o primeiro, mas quando você se senta na poltrona do cinema e o filme começa, sente-se como se tivesse visto o primeiro ontem. Não é perfeito, é confuso, o ritmo pode ser um problema para alguns, mas se é um entusiastas como eu pela a visão do James Cameron, a experiência visual 3D, o filme será uma viagem inesquecível.

Avatar: O Caminho da Água é uma excelente sequência de um dos maiores filmes da história do cinema. Recomendo muito e levem lenços.

Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.