Acho um erro comparar a ótima hq ALGUMA COISA ESTÁ MATANDO AS CRIANÇAS (Something is killing the children) com a excepcional Stranger Things. Se é para fazer uma comparação, eu diria que o quadrinho da BOOM! é uma mistura de Kill Bill, de Quentin Tarantino, com A Fortaleza.
Em uma cidadezinha, monstros tem matado várias crianças. Cabe à caçadora Erica Slaughter, da ordem de São Jorge, com a ajuda de uma criança sobrevivente, matar essas criaturas, enquanto a situação sai totalmente de controle no município, levando ao envolvimento de toda a população em crimes brutais.
Decisão acertada da @devirbrasil ao lançar 3 volumes americanos da obra de James Tyrion IV em um grande encadernado, pois a leitura é magnético. Como exemplo, eu li Something is killing the children em apenas uma noite.
Não pude tirar os olhos dessa história hipnótica e com um senso de urgência causado pela violência e a fragilidade das vítimas, crianças.
O leitor que chega ao final do volume I da Devir terá uma pausa merecida. E é bom deixar claro que, da primeira página à última, somos jogados em uma situação de tensão. Muita coisa fica no ar, e o fim entrega uma pausa satisfatória, sem falar em um gosto de querer mais.
Mas é preciso ter estômago pra encarar esta obra de terror com a arte de
. É como afirmei no parágrafo que abre esse texto, a violência está bem próxima de Kill Bill, de Tarantino. Erica é a Noiva deste universo onde monstros e sociedades ocultas existem. E as vítimas são crianças, como no clássico da sessão da tarde dos anos 1990, A Fortaleza, história que se passa na Austrália e envolve um sequestro de uma professora e alunos por uma quadrilha de bandidos.Os desenhos de Wether Dell’edera ajudam na narrativa rápida e brutal. É um quadrinho que merece todos os elogios, tendo roteiro bom, ótimos personagens, um universo bem construído e várias nuances para interpretação.
Já estou na espera do volume 2 no Brasik, ou da série da Netflix, se vier bem feita. Something is killing the children te prende a atenção como um grande acidente de trânsito, que você passa e não consegue tirar os olhos.
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