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Crítica | Signal (2016) Sem Spoiler

Signal
Reprodução/Divulgação

 Signal é uma joia rara no universo das novelas sul-coreanas. É complexo, emocionante e genial. Além de contar um elenco de atores incríveis. Algo que vi em poucos K-dramas que assisti até aqui.

 

Signal (título original Sigeuneol) tem um enredo sobre ‘viagem no tempo’ como pano de fundo, onde dois detetives  Park Hae-yeong (Lee Jehoon)  no mundo atual, comunicam-se com o outro no passado através de um walkie-talkie para resolverem crimes arquivados.

A detetive Cha Soo-hyeon é interpretada pela lendária Kim Hye-su fazendo a cola que liga os casos do passado e presente. No encontro dessas duas linhas temporais  dos personagens, cada um está conectado e testemunhando suas vidas enquanto passam por diferentes fases.

O detetive do passado se chama Lee Jae-Han, interpretado pelo ator Cho Jin-Woong. Um dos maiores atores que já vi numa novela coreana.

Signal tem uma  história escrita de maneira excelente pela autora Kim Eun Hee, uma das maiores escritoras vivas da Coréia do Sul. Ela simplesmente não deixou qualquer ponta solta em seu texto. Tudo em Signal ganhou proporções estratosféricas quando passou na Coréia do Sul em 2016/2017,ganhando mais fama depois que foi para o catálogo da Netflix mundial.

 É incrível como Kim Eun Hee juntou tudo, pensando em toda a história – onde começa e como termina. A novela tem uma verdadeira tensão de roer as unhas com muitos momentos emocionantes e arrepiantes. Um enredo inteligente em vez de várias barrigas que cozinham a trama e que normalmente vemos em thrillers  do gênero K-drama. Cada caso recebe profundidade e tempo para se desenvolver nos 16 episódios de uma hora e meia em média. 

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Os casos também prendem os protagonistas e nos apresentam algo novo sobre como cada um estão de alguma forma ligados nas subtramas de cada novo plot. Os crimes do passado e do presente são claramente definidos usando um filtro / quadro  diferente para cada um.

Em Signal, personagens são profundos e convincentes. Park Hae Young (Lee Je Hoon, considerado um dos melhores atores de sua geração da Coréia do Sul) é emocional. Lee Jae Han (Cho Jin Woong)  é absurdamente honesto, obstinado, sério e as características comuns de ambos são o grande coração e sua determinação em encontrar a justiça de toda  a novela. 

E temos Cha Soo Hyun (Kim Hye Soo) – a personagem principal que está presente em ambos os mundos.  Assistimos o seu crescimento como detetive/pessoa e todas as qualidades que ainda permanecem.

 Os atores coadjuvantes como Ahn Chi Soo, é um personagem enigmático, que permanece naquela região cinza sem ser completamente preto ou branco e Kim Bum Joo, simbolizando o puro mal da série.

Mas talvez, para mim, uma estrela esquecida desse do K-drama seja o Walkie-Talkie modelo KukJae PC-4312 de 1996. Ele existe mesmo e a empresa é uma das maiores no ramo de transmissão da Coréia do Sul. É por este pequeno rádio que presente e passado se comunicam em Signal.

Signal
Reprodução/Divulgação

 

Eu me empolguei em todos os episódios. Na verdade, nunca fiquei empolgado tanto com uma série policial coreana como em Signal. Um deleite para quem gosta do gênero, mas também consegue trazer lágrimas aos nossos olhos.

Não posso contar mais coisas se não estragaria as surpresas que lhe esperam. Signal não te dará um caminho fácil para descobrir como tudo vai terminar. Você vai precisar resolver os mistérios praticamente junto com os detetives.

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O final precisa de algum tempo para entendê-lo completamente, mas é um plot perfeito. Por fim, para não perder a fama de péssimo crítico de K-dramas como já li nos comentários, não se explica como os dois detetives conseguem se comunicar um com outro pelo sinal do Walkie-Talkie, porque talvez a gente não precise saber afinal de contas.

Signal está disponível na Netflix e é uma obra-prima. Recomendo!

Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.