Não deixe de conferir nosso Podcast!

Lista | 15 melhores produções originais da Netflix de 2020, por enquanto

Conheça as melhores produções originais da Netflix do primeiro semestre 2020.

Netflix 2020
TV Guide (Reprodução)

Conheça as melhores produções originais da Netflix do primeiro semestre 2020.

Se tem um ramo do entretenimento que explodiu na pandemia foram os serviços de streaming. Como todo precisaram ficar em casa, Netflix, Prime Vídeo e outros serviços, tiveram um aumento significativo de acessos e usuários no primeiro semestre de 2020.

E para se manter no topo, as produções originais da Netflix vem se esforçando nos últimos anos, com a primeira metade de 2020 não sendo exceção. No entanto, no clima pandêmico, a TV se tornou algo necessário como nunca antes.

Entre séries documentais, filmes e programas de TV, a Netflix lançou muita coisa interessante, mesmo que ainda estejamos no meio do ano.

Alguns dos documentários são extremamente difíceis de assistir, devido ao seu assunto. No entanto, isso não significa que eles não sejam vistos. Alguns são absolutamente loucos, enquanto outros engraçados e saudáveis.

A Netflix tem um dos catálogos online mais inclusivos em termos de qualidade, além de lançar grandes nomes para a nova safra de artistas, principalmente nos casos de Sophia Lillis, Shira Haas e Ncuti Gatwa.

Sente-se, sinta-se confortável e ponha uma boa música pois aqui estão as melhores produções que a Netflix tem a oferecer até agora este ano.

15. Lost Girls

Lost Girls, que no Brasil recebeu o subtítulo de “Os Crimes de Long Island”. Dirigido por Liz Garbus, o suspense é baseado em um acontecimento real: Os crimes cometidos pelo “Serial Killer de Long Island”, acusado de matar entre 10 e 16 pessoas, durante o período de 20 anos.

Os crimes ocorreram entre 1996 e 2013. A produção de Garbus, escrita por Michael Wervie, é adaptada do livro “Lost Girls: Na Unsolved American Mystery”, de Robert Kolker. Inédito no Brasil, o livro de não-ficção investiga os crimes através da história de cinco de suas vítimas.

No longa, Mari Gilbert (Amy Ryan) está em uma busca frenética ao lado de agentes da lei por sua filha desaparecida. Em um determinado momento, a mulher decide por si própria procurar a criança passando a refazer os passos da garota e conduz a própria investigação para a comunidade insular escondida em Long Island. (Saiba mais clicando aqui).

14. Becoming (Minha História)

Becoming, a autobiografia de Michelle Obama (2018, Penguin Random House), em menos de cinco meses se tornou um dos livros de memórias mais vendidos da história. Estreou na Netflix em maio como um documentário sobre a vida da ex-primeira-dama, com o mesmo título, mas que dista muito da abordagem intimista oferecida na versão escrita. Uma dos acordos com a documentarista Nadia Hallgreen consistiu em que não gravasse quando suas filhas Sasha e Malia estivessem em casa, por isso ambas fazem apenas breves aparições no filme. Barack Obama, por sua vez, não está entre os entrevistados. Assim, essa narrativa de 89 minutos e com trilha sonora de Kamasi Washington, o considerado novo messias do jazz, entretém e às vezes até emociona.

O documentário da Netflix, produzido em colaboração com a Higher Ground Productions, a produtora do casal Obama, confere um protagonismo importante à questão racial. Obama recorda que foi em Princeton onde pela primeira vez se sentiu parte de uma minoria discriminada. A mãe de sua colega de quarto estava “horrorizada” porque compartilhava apartamento com uma pessoa não branca. “Sentia que sua filha estava em perigo”, aponta a advogada. “Não estava preparada para isso”, continua. Dedica um momento especial a recordar os jovens afro-americanos que morreram por causa da violência policial, e a maioria dos encontros para falar de seu livro é com estudantes de minorias raciais. Esta é uma das chaves do filme. Convida todos eles, repetidamente, a devorarem o mundo e transpassarem a ideia de que o futuro está em suas mãos.

Documentário importante para nosso momento histórico, mesmo ele, as vezes, se autopromovendo.

13. O Poço

Era “Óbvio” que teria O Poço nesta lista.

Difícil não se mexer na cadeira um tanto de vezes diante das provocações de O poço. O filme dirigido pelo espanhol Galder Gaztelu-Urrutia chama a atenção pela oportunidade de refletirmos sobre a sociedade e sobre o ser humano em um momento em que isso parece urgente e inevitável. A experiência não é das mais fáceis, incomoda (ainda mais por certas escolhas de Gaztelu-Urrutia) e vem dividindo a internet meses depois de seu lançamento.

Com certeza foi o filme mais comentado do ano que não foi lançado nas telonas.

Goreng (Ivan Massagué) acorda numa espécie de prisão-plataforma onde há dois catres e uma pia. A companhia dele é apenas Trimagasi (Zorion Eguileor) e um exemplar de Dom Quixote, objeto que escolheu levar para esse experimento que, para ele, é voluntário. Na parede, o número 48 indica o nível em que eles estão e em que permanecerão durante um mês. Isso significa que há 47 níveis acima e, a julgar pela vivência de Trimagasi ali, a coisa desce pelo menos até o 132, com uma dupla por nível.

LEIA TAMBÉM:  Tudo o que você precisa saber sobre Morbius

Mesmo que os símbolos da esperança sejam signos batidos (que não serão aqui revelados) e que cenas sombrias e iluminação escura nos remetam mais às trevas do que à luz, O poço acaba nos trazendo uma mensagem otimista, num final que vem dividindo opiniões na internet. Talvez porque não seja o esperado final feliz nem a derrocada total, seja apenas um artifício que nos tira do lugar comum e nos faz refletir sobre nós mesmos. (Leia mais aqui).

12. Jeffrey Epstein: Poder e Pervesão

Assisti este documentário semana passada. Dividida em quatro episódios, a série conta os bastidores dos crimes cometidos pelo bilionário Jeffrey Epstein. Num esquema desmembrado em 2019, descobriu-se que ele abusava de menores de idade e, acima de tudo, foi o responsável por criar uma espécie de pirâmide social ao seu redor – fazendo, inclusive, tráfico de menores. É um crime bárbaro, nojento e chocante.

Como meio de contar essa história, a produção da Netflix opta por focar nos depoimentos e nas experiências das vítimas, que se abrem e contam detalhes do modus operandi de seu algoz. São relatos fortes, muitas vezes desesperadores, que sem dúvidas causam emoções no público. Isso é irrepreensível. Não tem como criticar ou achar que os depoimentos não foram bem colhidos.

No entanto, Jeffrey Epstein: Poder e Perversão fica tudo no superficial. Talvez por ter sido feita às pressas (as filmagens foram feitas em 2020 mesmo, pouco antes da pandemia), a série documental não se aprofunda na figura de Epstein, nem investiga bastidores. Não há informações novas. O que se conta aqui foi contado largamente em noticiários – até mesmo os depoimentos, afinal. Mas ainda assim, vale como informativo da sujeira que grandes nomes do judiciário e político do governo americano tentaram encobrir um dos maiores pedófilos da história.

11. I Am Not Okay With This

https://youtu.be/M9vp9lhZiqU

Escrevi resenha, volte lá para uma leitura muito divertida.

I Am Not Okay With This: Critica da 1ª temporada

10. The Stranger (Não Fale com Estranhos)

Após a produção de The Five (não disponível no Brasil) e a ótima estreia de Safe em 2018, a Netflix e Harlan Coben fecharam uma parceria que deve ser comemorada pelos fãs do autor americano. Conhecido como “o mestre das noites em claro”, Coben é um grande autor de romance policial.

Desta vez, a obra escolhida para ser adaptada para TV foi The Stranger, no Brasil, Não Fale com Estranhos. Na trama, Adam Price (Richard Armitage) é um advogado com uma vida invejável, casado com Corine (Dervla Kirwan) uma bela mulher e uma popular professora. A vida aparentemente perfeita de Adam muda seu status quo quando uma estranha, vivida pela atriz Hannah John-Kamen o procura para revelar um segredo perturbador da sua esposa.

Descobrir que sua esposa falsificou um teste de gravidez e posteriormente fingiu um aborto deixa Adam atordoado. A estranha não se identifica e não revela como sabe tanto sobre a família dele. Antes que ele possa tentar descobrir mais informações ela desaparece. Ao confrontar a esposa ela admite que mentiu, mas precisa de tempo para se explicar. No entanto, no dia seguinte ela desaparece e deixa seu marido com seus filhos. A partir daí, Adam se vê preso em uma teia de segredos e mentiras enquanto tenta localizar sua esposa e descobrir a verdade.

9. Tiger King (A Máfia dos Tigres)

https://youtu.be/acTdxsoa428

O Thiago Ribeiro já escreveu sobre o documentário.

A Máfia dos Tigres revira o lixo branco dos Estados Unidos da América.

8. Gentefied

A trama toda de Gentefied gira em torno da família Morales, que luta para manter o negócio do patriarca, um restaurante mexicano, funcionando. Isso porque, como o próprio título da série já fala, a parte de L.A explorada pelo show trata-se de um bairro repleto de latinos e pessoas de baixa renda que estão sofrendo gentrificação. E isso é um processo de substituição do público de um local por pessoas de camadas mais ricas.

E, dentro da família, que luta contra um inimigo externo, temos o drama interno. Chris (Carlos Santos), um aspirante a chefe de cozinha, acabou de retornar de Idaho. O rapaz se sente deslocado, latino demais para outros locais, mas não tão mexicano para seus primos e o restante da população do bairro, Boyle Heights.

Com roteiro de Marvin Lemus e Linda Yvette Chávez, Gentefiel é bem interessante e traz para a telinha a realidade da população latina de baixa renda dos Estados Unidos.

7. Hollywood

“Hollywood é uma série que dá gosto de ver. O elenco é excelente, a ambientação é maravilhosa, o visual é de tirar o fôlego e a caracterização de época é impecável.

LEIA TAMBÉM:  Tudo que você precisa saber, por enquanto, sobre a A Roda do Tempo

Acessar o streaming de nossa Mammy e se jogar em cada episódio é nossa obrigação como fãs da arte cinematográfica e com certeza dá para aprender e moldar uma visão dos bastidores do que é fazer um filme. Até mesmo os equipamentos usados na época e os recursos de efeitos visuais bem limitados são mostrados em cenas dos episódios.

Permita-se voltar no tempo e viver os tempos dourados da antiga Hollywood e seus vários dramas por trás das câmeras das grandes produções da década de 40 e tenha o prazer de registrar em sua memória um trabalho feito com excelência! Mais do que indico e depois que você assistir a primeira temporada volta aqui no site e deixa seu comentário, que eu tenho certeza que vai ser de satisfação! ADOROOOO #CHOCOBJS #FIQUEEMCASA #BLITZPIPOCA” (Hospício Nerd).

6. Dead To Me (Segunda Temporada)

Após o sucesso da primeira temporada, as expectativas para a segunda eram altas e, felizmente, as expectativas foram correspondidas e até ultrapassadas. A segunda temporada foi capaz de manter a maior parte do que era bom da primeira temporada e desenvolver ainda mais as suas personagens, histórias e mundo de um modo incrível.

E como sei que muita gente está lendo isso sem ter assistido a primeira temporada, farei apenas comentários superficiais para não estragar a festa de vocês.

A melhor parte desta série é, sem dúvida, a química entre Christina Applegate e Linda Cardellini, sendo que o relacionamento entre Jen e Judy é simplesmente delicioso de se ver. Não é novidade nenhuma que ambas as atrizes são bastante conhecidas, mas a grande prova do seu talento é como nós nos perdemos nestas personagens e nos esquecemos que estamos a ver uma série televisiva com personagens fictícias. Esta série tem o poder de nos fazer mergulhar no seu mundo e na sua história.

5. After Life Season (Segunda Temporada)

Também escrevi resenha, é uma das melhores séries da Netflix de 2020. Vale cada segundo.

Crítica | “After Life” da Netflix traz um Ricky Gervais sombrio, sujo e engraçado

4. Cheer

Sacrifício, suor, esforço, dedicação e amor. São essas as palavras que nos remetem a “Cheer”, série documental que Netflix não fez nenhum esforço para divulgar.

Ao contrário do que muitos pensam o cheerleading é sim um esporte, mesmo não sendo considerado pela maioria das pessoas, além de realmente exigir muito de seus atletas. Cheer mostra a rotina durante dois meses da equipe da Universidade Navarro a caminho de Daytona Beach.

A competição dura apenas 2 minutos e 15 segundos, mas os membros dão tudo de si para conquistar o 14º prêmio nacional de cheerleading.

Além disso há relatos dos membros da equipe, alguns contando como é a experiência, a árdua rotina de treinos e até mesmo histórias que giram em torno de suas vidas pessoais.

Liderada por Monica Aldama e campeã diversas vezes, a equipe enfrentará grandes obstáculos até seu destino final.

O documentário parece apenas mais um de esporte, mas ele vai além, mostra uma faceta complexa da vida de jovens pessoas que usam o esporte como porta para um futuro fora das drogas e da violência doméstica. Foi uma das surpresas de 2020 que assisti da Netflix.

3. O Caso Gabriel Fernandez

A produção narra a história real do assassinato do menino Gabriel Fernandez, que foi abusado e torturado pela própria mãe e pelo namorado, apenas por suspeitar dele ser gay. O caso aconteceu no ano de 2013, na Califórnia, nos Estados Unidos.

Com seis episódios, o documentário detalha as investigações feitas por assistentes sociais do país, que acabaram descobrindo que a criança sofria intensamente com abusos domésticos.

É um dos documentários mais tristes e chocantes que assisti na Netflix, mas tem uma mensagem importante para tempos de homofobia que precisamos enxergar e compreender, mesmo que isso lhe cause dor e pesadelos.

2. Sex Education Season 2

https://youtu.be/AlOlJ7sZ9Zk

Quem poderia imaginar que Sex Education também teria uma resenha incrível no nosso site, não é verdade?

Sex Education | Segunda Temporada: Uma série necessária para todas as idades

1. Nada Ortodoxa

https://youtu.be/-zVhRId0BTw

Nada ortodoxa conta em apenas quatro episódios a história de Esther (Shira Hass), uma jovem judia americana que apesar de respeitar sua religião, simplesmente não se encaixa em seus termos e ritos. Assim, temos uma história que aprofunda de rara maneira a visão e conhecimento do público sobre esta vertente da religião judaica e sem mais detalhes, precisa assistir.

1. 2. Eu Nunca…

Um dos textos mais agradáveis que escrevi em 2020.

A nova sitcom adolescente de Mindy Kaling, Eu Nunca…, é uma exploração empática e engraçada da dor

Leia mais sobre a Netflix aqui.

Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.